Sespa alerta para os sinais do câncer de boca

O Dia D de Prevenção ao Câncer de Boca foi lembrado pela pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio de palestra do cirurgião-dentista Helder Pontes, especialista em Patologia Bucal e coordenador do Serviço Integrado de Patologia e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), ocorrida nesta terça-feira (07), no auditório da Usina da Paz do Icuí Guajará, em Ananindeua.

Realizada pela Coordenação de Saúde Bucal da Sespa, a programação do Dia D teve o objetivo de promover de debates sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença.

“Nossa intenção é contribuir para a discussão sobre os fluxos e procedimentos envolvidos no diagnóstico e tratamento do câncer bucal e agregar especialistas, gestão e assistência com o objetivo de construir a linha de cuidado do câncer bucal no Pará”, pontuou o coordenador de Saúde Bucal da Sespa, Paulo Edson Furtado.

Na ocasião, a palestra do cirurgião-dentista Helder Pontes elucidou características do câncer de boca, que afeta os lábios e cavidade oral, e está entre os mais incidentes no Brasil, além de estar entre os seis tipos de câncer mais comuns em homens e oitavo nas mulheres. A doença pode ser prevenida de maneira simples e tratada se diagnosticada precocemente, embora a maioria dos casos seja identificado em estágios avançados.

No ranking nacional, liderado por São Paulo e Minas Gerais, o Pará está na 12ª colocação, respondendo por 260 casos de câncer de boca ocorridos só este ano.

Em sua fala, Helder Pontes destacou que os maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca são o tabagismo e o consumo de álcool. Além destes, exposição ao sol sem prevenção, excesso de gordura corporal e infecção pelo vírus HPV, por meio do sexo oral em excesso, também são condições de maior risco de câncer.

Os principais sintomas são lesões que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochechas, nódulos no pescoço e rouquidão permanente. Em casos mais avançados, a doença pode dificultar a fala, mastigação, deglutição, a movimentação da língua, e dar sensação de que há algo preso na garganta.

Em todos os casos, a Sespa orienta que a pessoa procure uma Unidade Básica de Saúde para uma avaliação. Atualmente, a rede assistencial de alta complexidade em oncologia do Estado é composta por cinco estabelecimentos, sendo um Centro de Assistência Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), do Hospital Ophir Loyola, em Belém. O hospital é referência para todos os tipos de cânceres e atende os 13 Centros Regionais de Saúde do Pará.

Além disso, a rede de assistência conta ainda com a Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), instaladas no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo e atende atendendo crianças e adolescentes menores de 19 anos, que recebem tratamento de câncer hematológicos e da infância; o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, Oeste do Pará, referência para o atendimento dos casos de câncer de pele, colo de útero, mama, próstata, estômago, colón e reto, pulmão e infanto-juvenil.

A unidade atende a população da Região do Baixo Amazonas; o Hospital Regional de Tucuruí (HRT), localizado no Sudeste do Pará, e atende a população da Região do Araguia, Carajás e Lago do Tucuruí. Como parte da rede de assistência para tratamento de pessoas com câncer está a Unacon do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, que atende pacientes com câncer, na maioria adultos, da Região Metropolitana de Belém e dos rios Caetés, Tocantins e Marajó I e II.

Além das ações preventivas, a Sespa investe na expansão da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará, com a implementação da quimioterapia no Hospital Regional de Castanhal, entregue em março deste ano, e a construção e implantação do Hospital da Mulher, que será referência para os serviços de diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero e mama.

Fonte: Agência Pará

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