Promover um ambiente de interação e estímulo a bionegócios no Estado, incentivando uma economia baseada no uso sustentável de produtos florestais. Esse foi o objetivo principal do Biobusiness Tapajós, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), em Santarém, na última terça-feira (7). Pioneiro no Brasil ao lançar um Plano de Bioeconomia, o Pará tem desenvolvido diversas ações voltadas de estímulo ao setor no estado, priorizando as pessoas e os territórios.
Ação de estímulo à melhoria do ecossistema de bionegócios e da sua verticalização, a realização do evento contou com a parceria do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Associação Comercial de Santarém (Aces), Centro de Inovação Aces Tapajós e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae PA).
No evento, foram estimulados diálogos, parcerias e trocas de experiências entre o terceiro setor, agentes de fomento, governo, sociedade civil e empreendimentos da bioeconomia da Região do Tapajós. Os empreendedores da bioeconomia tiveram a oportunidade de conhecer as ações do Plano de Bioeconomia do Pará (PlanBio), bem como indicar gargalos e desafios do ecossistema da região.
“O nosso propósito é proporcionar aos empreendedores da região um momento único de troca de experiências, capacitação, integração e sobretudo incentivo à bioeconomia na Amazônia. Desde que instituímos o Plano Estadual de Bioeconomia, sendo o primeiro estado do Brasil a fazer isso, nós temos desenvolvido uma série de ações voltadas para estimular esse setor, que tem altíssimo potencial de contribuição para o nosso Produto Interno Bruto e que é a vocação econômica escolhida para o Pará para a transição socioeconômica necessária”, explica Camilla Miranda, Diretora-Geral do Programa Municípios Verdes.
“Estive no workshop biobusiness Tapajós, um evento super importante de conexão e de valorização de quem faz a bioeconomia da Amazônia. A Semas promoveu esse encontro junto com a Associação Comercial, Ipam, todo mundo junto, e os produtores principalmente. Que a gente leve esse movimento para fora. São produtos que já estão sendo confeccionados em cada região de forma sustentável, gerando emprego, renda e riqueza para a nossa região”, disse o chef e empresário Saulo Jennings, proprietário do restaurante Casa do Saulo Onze Janelas e Casa do Saulo Tapajós, em Belém.
Fernanda Mourão, empreendedora do ramo da moda, disse que foi uma ótima experiência para a conexão entre fornecedores e empreendedores. “Empreender já é difícil, e empreender dentro da Amazônia com a falta de oportunidade é ainda mais, por isso você ter um polo de troca de propostas, troca de informações com a comunidade e união da região é extremamente importante”.
A região do Tapajós se destaca pelas produções de comunidades tradicionais como o artesanato, as biojoias, trançados, o trabalho com mel e subprodutos feitos do açaí e do cacau, que garantem a geração de renda e reafirmam a identidade cultural desses empreendedores.
De acordo com Luz Marina Almeida, economista da Semas e técnica responsável pela ação, “O biobusiness teve a sua primeira edição sediada em Belém e, a partir daí, a ideia foi expandir o evento para incentivar empreendedores com produtos sustentáveis de qualidade que utilizam insumos naturais da biodiversidade Amazônica, buscando abrir vários espaços e atendendo produtores de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas.
Na quarta (8), as representantes da Semas participaram do XV Encontro Nacional da Sociedade de Economia Ecológica, ocasião em que falaram das cadeias produtivas da sociobiodiversidade, sobre o plano de bioeconomia e projetos da Semas voltados ao fomento e apoio de cadeias produtivas e negócios sustentáveis estabelecidos no plano.
A programação incluiu ainda uma visita técnica à fábrica da empresa Ekilibre da Amazônia, de fabricação de Biocosméticos.
Fonte: Agência Pará