Sespa afirma que tomar vacina é a principal medida preventiva contra as infecções respiratórias

Tosse, espirro, coriza, dor de garganta são alguns dos sintomas gripais, decorrentes de infecção por diversos vírus respiratórios. Por isso, neste período de chuvas intensas, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ressalta a importância de a população paraense reforçar as medidas preventivas para se proteger, sendo a principal delas a vacinação contra a Influenza e covid-19, disponível nos postos de saúde em todo o Estado do Pará.

A vacinação contra a Influenza na Região Norte prossegue até o dia 29 de fevereiro para os grupos prioritários. Já a vacina bivalente contra a covid-19 está disponível tanto para os grupos prioritários, que devem tomá-la como reforço anualmente a partir deste ano, como para as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal contra a doença iniciado em 2021.

Coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde lembrou que a população da região Norte começou a se vacinar antes do restante do Brasil exatamente para evitar possíveis casos graves de influenza, durante o inverno amazônico, que ocorre de novembro a maio. “Então, mesmo quem a pessoa já tenha tomado a vacina contra a Influenza no primeiro semestre de 2023, precisa a tomar a dose que vem sendo oferecida desde novembro de 2023, para atravessar o período chuvoso mais protegido”, alertou.

O fato é que durante o inverno amazônico, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas em ambientes fechados, o que facilita a propagação das infecções respiratórias, que podem se agravar para uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, principalmente, as não vacinadas, podendo levá-las à morte.

Entre os vírus respiratórios que mais acometem a população atualmente estão o vírus SARS-CoV-2, causador da pandemia de covid-19, e o vírus Influenza, também chamado de vírus da gripe, o qual tem como principal complicação a pneumonia, mas outros vírus também acometem a população em menor escala. Independentemente do tipo de vírus, essas infecções apresentam um quadro clínico muito semelhante que requer cuidados para não se agravar.

Segundo a diretora do Departamento de Epidemiologia, Daniele Nunes, a população precisa fazer a sua parte resgatando e valorizando as medidas preventivas. “Uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por SRAG é a vacinação contra a covid-19 e Influenza, pois as vacinas são seguras e eficazes contra doenças imunopreveníveis”, afirmou.

“O uso de máscara, por exemplo, é fundamental tanto por quem quer se prevenir, quanto por quem já está doente, pois essa atitude reduz a propagação de vírus no ambiente por espirros e tosse, evitando que outras pessoas também adoeçam”, acrescentou a diretora.

Quanto ao papel da Sespa e das Secretarias Municipais de Saúde, ela disse que compete fazer a Vigilância Epidemiológica, acompanhando de perto as notificações de casos e monitorando os vírus circulantes, para tomar as medidas para controle da doença no Estado. “O vírus da covid-19 circula juntamente com os demais vírus respiratórios. Por não saber que vírus está causando os sintomas é que é importante o indivíduo adotar as medidas preventivas e não expor pessoas mais vulneráveis ao risco dessas doenças”, alertou Daniele Nunes.

Unidades Sentinela – Para saber quais são os vírus circulantes num território, o Sistema Único de Saúde (SUS) mantém Unidades Sentinela, ou seja, unidades que coletam, por amostragem, materiais de nasofaringe de pacientes com síndrome gripal para análise no Laboratório Central do Estao (Lacen-PA).

A identificação dos vírus respiratórios permite avaliar quais os vírus estão circulando na comunidade, quais perfis de pessoas acometidas e com isso embasar estratégias de prevenção e controle, evitando novos casos com evolução grave e óbitos.

Atualmente no Pará, estão em atividades cinco Unidades Sentinelas de Síndrome Gripal localizadas na Região Metropolitana de Belém: Unidade de Pronto Atendimento da Sacramenta e UPA de Icoaraci, em Belém; UPA Dom Helder Câmara e UPA Daniel Berg, em Ananindeua; e Unidade de Saúde da Família do Maguari Sebastião Oliveira, em Benevides.

A diretora da Sespa lembrou, ainda, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional da Covid-19 não significa o fim da pandemia, principalmente para aqueles com maior risco de desenvolvimento de doença grave, uma vez que o vírus continua em circulação no Brasil e no mundo e há risco de surgimento de novas variantes de preocupação ou interesse do SARS-CoV-2, que podem ser mais graves do que as variantes atuais.

Situação epidemiológica – De acordo com o Sistema de Informação SIVEP-Gripe, de janeiro a novembro de 2022, o Pará registrou 7.146 casos e 1.152 óbitos por SRAG, enquanto, no mesmo período de 2023, foram registrados 4.090 casos e 303 óbitos por SRAG, representando uma redução de 42% no número de casos e de 73% no número de óbitos pela síndrome.

Prevenção – Para que casos de síndrome gripal e SRAG não cresçam é importante que a população adote as seguintes medidas preventivas:

  • Realizar a vacinação anual contra a covid-19 e Influenza;
  • Realizar etiqueta respiratória: cobrir o nariz e a boca com lenço de papel ao tossir ou espirrar e descartar o lenço no lixo após o uso;
  • Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar;
  • Usar álcool em gela no caso de não haver disponibilidade de água e sabão;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Realizar a limpeza e desinfecção de ambientes;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Evitar aglomerações (comuns no período chuvoso), locais fechados e mal ventilados e contato próximo com pessoas doentes;
  • Usar máscara cirúrgica se estiver com síndrome gripal ou fizer parte dos grupos prioritários (imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades);
  • Manter hidratação e alimentação saudável.

Fonte: Agência Pará

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