Dr. Daniel volta a ser investigado por esquema envolvendo mansão de R$ 4 milhões no Ceará

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), voltou a apreender documentos na Prefeitura de Ananindeua e cumprir mandados no município. A nova ação acontece pouco mais de um mês após a Operação Hades, que havia bloqueado cerca de R$500 milhões em bens do prefeito Dr. Daniel (PSB) e de seus aliados.

Na primeira fase, a investigação apontou desfalques e fraudes milionárias em contratos públicos, além de supostas propinas ligadas a licitações. Entre os bens apreendidos estavam relógios de luxo, imóveis e até aeronaves.

Agora, os promotores retornaram após novas denúncias envolvendo a aquisição de mais um imóvel por parte do prefeito.

Segundo as acusações, a compra repetia o mesmo esquema identificado anteriormente: empresas e empreiteiras que venciam licitações da Prefeitura teriam sido responsáveis pelo pagamento e aquisição do bem em nome do prefeito e de pessoas próximas a ele.

O novo bem investigado é uma mansão avaliada em mais de R$4 milhões, localizada no condomínio de luxo Origem Fortim, no município de Fortim, no Ceará, a 135 km de Fortaleza. O imóvel está registrado em nome da Agropecuária JD, empresa cujo único sócio é o próprio Dr. Daniel. De acordo com as investigações, a mansão teria sido paga por companhias com contratos firmados com a Prefeitura de Ananindeua, caracterizando propina.

Agropecuária JD e irregularidades com Dr. Daniel

Não é de hoje que a empresa Agropecuária JD está envolvida em transações suspeitas; em 2024, o Ministério Público bloqueou as contas do Hospital Santa Maria, em investigações ligadas ao desvio de R$261 milhões do IASEP (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará).

No entanto, três dias antes da decisão judicial, o hospital que já pertenceu ao prefeito Dr. Daniel, transferiu dois jatinhos para a Agropecuária JD.

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