A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (8) uma das maiores operações do país contra crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação, que mobilizou forças de segurança em todos os estados brasileiros, já resultou em 55 prisões em flagrante, dois adolescentes apreendidos e três vítimas resgatadas de situações de abuso em andamento.
Batizada de Operação Rapina, a ofensiva nacional busca identificar e prender criminosos que produzem, compartilham ou armazenam material de abuso sexual infantil, principalmente na internet. Ao todo, estão sendo cumpridos 182 mandados de busca e apreensão em diferentes regiões do país, com a participação de cerca de 900 agentes federais e civis.
De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a operação ocorre na mesma semana em que se celebra o Dia das Crianças, reforçando o compromisso do Estado com a proteção dos menores.
“A Polícia Federal utiliza a ferramenta Rapina, que permite identificar o compartilhamento de material de abuso. Nosso foco é resgatar crianças e punir agressores”, afirmou o ministro.
Os casos mais graves envolveram abusadores flagrados produzindo o material criminoso dentro das próprias residências. As vítimas, encontradas em São Paulo, Amazonas e Santa Catarina, foram imediatamente retiradas do ambiente de risco e encaminhadas à rede de proteção social.
“Essas crianças receberão atendimento psicológico e proteção integral. A prioridade é garantir que elas sejam acolhidas com segurança”, destacou Valdemar Latance Neto, coordenador-geral de Combate a Fraudes Cibernéticas da PF.
A operação é resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal e as Polícias Civis de 16 estados, e faz parte de um esforço nacional de combate aos crimes cibernéticos que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
Do total de mandados expedidos, 138 foram cumpridos por agentes federais e 44 por policiais civis. A PF reforça que as investigações continuam e que novos alvos poderão ser alcançados nos próximos dias.
A Operação Rapina reafirma o compromisso das forças de segurança em atuar com rigor contra crimes sexuais, especialmente os que envolvem crianças — vítimas que precisam de amparo e justiça.