Oficina de educação patrimonial contribui para transformar Parque de Monte Alegre em museu

Com mais de 12 mil anos de existência e considerado um dos sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia sul-americana, o Parque Estadual de Monte Alegre, no oeste paraense, está dando um importante passo em direção à musealização, graças a uma iniciativa inovadora do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

Em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Fundação Cultural de Belém (Fumbel) – esta como colaboradora -, o Ideflor-Bio, por meio da Gerência da Região Administrativa da Calha Norte I (GRCNI), promoveu uma oficina de educação patrimonial.

Inscrições rupestres no Parque de Monte AlegreFoto: DivulgaçãoA iniciativa faz parte da primeira etapa do processo de musealização do Parque Estadual de Monte Alegre, que é uma das 28 Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Ideflor-Bio. O evento contou com a participação de moradores das comunidades Ererê, Santana, Paytuna, Lages, Maxirazinho e Maxirá, todas localizadas no entorno do Parque.

A programação também buscou um diálogo melhor com as comunidades tradicionais, a fim de que estas participem efetivamente do processo de musealização.

De acordo com o titular da GRCNI, Jorge Braga, “a participação comunitária na construção do processo de musealização, além de aproximar a UC das comunidades, dará mais legitimidade na criação desse, atrativo turístico no Parque”.

Diferencial – A educação patrimonial é uma ferramenta relevante para promover a conscientização e a valorização do patrimônio histórico e natural da região. Neste sentido, o Parque Estadual de Monte Alegre, por abrigar sítios arqueológicos e uma vasta biodiversidade da fauna e flora amazônicas, torna-se um local ideal para ser transformado em museu e espaço educativo.

Para a turismóloga do Ideflor-Bio Liliane Obando, “o projeto de musealização do Parque Estadual de Monte Alegre é de extrema importância para resgatar a identidade local e salvaguardar os sítios arqueológicos existentes há 12 mil anos”. A parceria entre instituições acadêmicas, culturais e governamentais foi ressaltada como exemplo na colaboração para impulsionar projetos semelhantes em todo o Pará.

Continuidade – A próxima etapa do processo de musealização envolverá a criação de exposições e programas educacionais no Parque, tornando o local um destino não apenas para a apreciação da natureza e da história, mas também para o aprendizado e a reflexão sobre o patrimônio único da região.

De acordo com o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, “os esforços em andamento no Parque Estadual de Monte Alegre refletem o compromisso das instituições envolvidas com a preservação do patrimônio natural e cultural do Pará, e têm o potencial de tornar esta importante UC, um exemplo de sucesso na musealização e na educação patrimonial”. (Ag. Para).

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