A bioeconomia tem sido apontada como uma das alternativas mais promissoras para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Por isso, o assunto foi tema central do painel “Desafios e oportunidades da bioeconomia brasileira”, realizado nesta segunda-feira, 04, na 28ª sessão da Conferência das Partes (COP28) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que começou no dia 30 de novembro e segue até o próximo dia 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O painel contou com a mediação da vice-presidente do Instituto Bem da Amazônia e diretora da CCS Brasil, Isabela Morbach. O objetivo foi debater o potencial e a vocação do Estado do Pará e da Amazônia para a bioeconomia. “Foi muito interessante moderar esse painel com a participação de três federações da indústria, para ver a diversidade da bioeconomia, que vai desde os pequenos trabalhos artesanais e que ela pode ganhar escala com uma indústria exportadora, passando também pela bioenergia brasileira, que vem se mostrando uma vocação do país, com muito potencial de aumentar e, muito mais do que isso, produzir uma energia limpa, descarbonizada e com potencial para remoção de emissões de CO2 da atmosfera”, avaliou Isabela.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) e membro da delegação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alex Carvalho, destacou o potencial e a vocação do Estado do Pará, e da Amazônia. “Nós precisamos entender as melhores práticas de utilização dos nossos recursos naturais, mas também precisamos fazer um exercício diário, como amazônida, de que nós não podemos ficar eternamente alijados do desenvolvimento sustentável e das melhorias da qualidade de vida da nossa gente”, afirmou Alex Carvalho.
Também participaram do debate representantes da Associação Brasileira de Bioinovação, Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e Instituto Amazônia + 21.
Cerca de 60% do bioma amazônico está no território brasileiro e um dos desafios para a conservação desse bioma está no modelo de desenvolvimento econômico da região, que permita a geração de renda para as populações amazônicas e, ao mesmo tempo, a conservação da floresta e dos recursos naturais.
“Foi muito positivo ver que a indústria está integrada, que ela está se esforçando e vendo que a agenda climática pode ser uma agenda de desenvolvimento econômico sustentável, que ela vê com otimismo, mas sem deixar de enxergar as barreiras que a gente tem pela frente”, concluiu Isabela.
Na próxima segunda, 11/12, a representante do Instituto será uma das painelistas do debate “Potencial Brasileiro em Remoção de Carbono: NBS, BECCS e DACCS no Contexto do Financiamento Climático e Mercado de Carbono”, que será realizado no Pavilhão Brasil. Também estarão presentes ao debate Pietro Mendes, Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME; Carlos de Mathias Martins Junior, fundador das empresas de projetos de energia renovável Ecoinvest, EQAO e Ecopart; Heloisa Borges Esteves, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e Viviana Coelho, da Petrobras.
Fonte: Temple Comunicação