Os artistas Rawi e DJ Pedrita lançaram, nas primeiras horas desta sexta-feira (09/02), o remix da música “Armei uma Arapuca”. A parceria inédita está disponível em plataformas de áudio como Spotify e Deezer e no YouTube. O projeto teve seu início em dezembro de 2023, quando a DJ se apresentou no Festival Psica, em Belém (PA).
“Pedrita estava se preparando para tocar no festival. Eu já tinha vontade de lançar o remix de algumas faixas, principalmente de Armei uma Arapuca. Quando ela deu a ideia de tocar a faixa no festival, eu vibrei, e a gente logo bolou a ideia de lançar oficialmente o remix nas plataformas, juntando nossas forças e nosso público para curtir muito nesse carnaval e nos futuros rock doido”, destaca Rawi, multiartista queer que, neste ano, está trabalhando no lançamento do novo álbum “Arte de Bicha”, com o patrocínio da Natura Musical.
“Tomei a iniciativa de pensar em um remix de tecnobrega com o Rawi, pois ele é nossa referência na música pop da Amazônia e do oeste paraense. Pensei em Armei uma Arapuca porque é um dos hits do Rawi; todo mundo, em algum momento, já escutou e gostou”, revela Pedrita.
A parceria entre os dois artistas se desenvolveu de forma totalmente independente, com a participação na produção do remix do Leonay (Sttordy) e Andrew Só. Na capa do single, duas onças pintadas, ilustrações de Gustavo Dorado, captam tanto o espírito quanto as referências individuais de cada um dos artistas, homenageando suas características singulares e a harmonia delicada desta dupla.
Entrevista com os artistas:
Por que a escolha da Pedrita para essa collab?
Pedrita: A iniciativa partiu da Pedritinha com o projeto inicial de tocar no mangueirão o single na versão tecnobrega, representando o oeste do Pará no Festival Psica. Deu tudo certo: apresentamos a prévia da música e começamos a articular para lançar o nosso tão sonhado hit de carnaval. Quando pensei em remix com o Rawi, pensei em carnaval, em rock doido e nas minhas referências de festa de aparelhagem. Uma música gostosa de ouvir e de dançar!
Rawi: Eu e a Pedrita estamos vivendo toda essa loucura de fazer arte no interior da Amazônia há algum tempo e estamos alcançando cada dia mais lugares. Além da nossa amizade musical e pessoal, acredito que a Pedrita conseguiria chegar numa nova proposta para a música, de forma que o remix fosse estrondoso e com a nossa cara. A Pedrita é incrível no palco! Ela já chega dominando o público e fazendo eles viverem aquele momento da forma mais intensa. Acho que a nossa junção é bem frutífera, dois artistas contemporâneos que produzem arte no interior da Amazônia brasileira.
Por que o visual de onças pintadas?
Pedrita: O visual das onças vem de várias referências, mas as principais são que eu (Pedrita) me inspiro em onça por aí nas noites quando toco para aguentar as noites de rock doido. Eu e Rawi nos identificamos por ser e sentir que somos felines perigoses, corajoses e poderoses. Na capa tem muito da gente: as tattoos, o look, o óculos escuro… cada detalhe fala da gente. A relação com a música é que fala desse amor que é perigoso, que prende de um jeito que é gostoso e interage com essa ideia de presa e predador, onde a onça sempre vai armar arapucas para sua presa. As oncinhas também simbolizam a sexualidade, fazendo alusão ao nosso lado feline-selvagem, da quentura e do êxtase em se encontrar com uma onça, né?!