A Polícia Federal em Santarém, no oeste do Pará, deflagrou a Operação ‘Falso Midas’ visando desmantelar um esquema fraudulento conduzido por um servidor do Ministério Público Federal (MPF) do Pará que causou prejuízos que podem chegar a 20 milhões.
Na operação, são cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária do Pará.
Suspeita-se que o servidor, identificado como Salatiel Farias Araújo, investigado tenha praticado crimes contra o sistema financeiro nacional, o mercado de capitais e a ordem tributária, além de fraudes contra diversos membros do Judiciário, do próprio Ministério Público, da Polícia Judiciária, bem como empresários e particulares.
Segundo as investigações, o acusado teria arrecadado vultosos recursos prometendo altos retornos financeiros aos investidores, alegando que os valores seriam aplicados na bolsa de valores através de operações legítimas e seguras. Promessas que, na prática, não se concretizavam.
O nome da operação, “Falso Midas”, faz referência ao rei Midas da mitologia, que transformava tudo em ouro. No entanto, neste caso, os recursos das vítimas foram destinados a fins ilícitos, não sendo devolvidos a elas.
Salatiel Farias foi exonerado do MPF em maio do ano passado. Ele exercia cargo de confiança e trabalhava no gabinete do Procurador da República em Santarém.
As informações são da PMF em Santarém