Justiça condena quadrilha por grilagem, desmatamento e uso de armas em terras da União no Pará

Cinco pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por integrar um esquema criminoso de invasão, desmatamento e exploração ilegal de terras públicas federais, entre os anos de 2015 e 2016, na região do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Liberdade, entre os municípios de Portel e Pacajá, no Pará.

A decisão foi assinada nesta terça-feira (24) pelo juiz José Airton de Aguiar Portela, titular da 9ª Vara Federal, após intensa apuração de crimes cometidos nas glebas Tuerê e Manduacari, área protegida da Amazônia Legal.

Foram condenados: Anderson de Souza Pereira, Zivan Oliveira dos Santos, Arlan Monteiro de Almeida, Joedes Gonçalves da Silva e Talisvam Temponi Fernandes. As penas variam de 18 anos e 10 meses a 19 anos e 6 meses de reclusão, pelos crimes de invasão de terras da União, desmatamento ilegal e associação criminosa armada.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os réus agiam em grupo armado para ocupar ilegalmente as áreas, desmatar florestas nativas e explorar madeira sem autorização. As ações incluíam o uso de “laranjas” para esconder os verdadeiros responsáveis nos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR), além da abertura de estradas clandestinas com uso de maquinário pesado.

A denúncia foi reforçada por investigações do Ibama e pela Operação Onda Verde, que revelou o esquema em diversos municípios da região. Imagens de satélite, análises georreferenciadas e dados do Incra comprovaram que a devastação ambiental afetou profundamente a floresta amazônica entre 2014 e 2016.

Marcos da Mota Silva, também denunciado, foi absolvido por falta de provas de participação. Ainda cabe recurso da decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

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