O acesso fácil e rápido em aplicativos de smartphone trouxe facilidades aos usuários, mas também um sinal de alerta. Uma pesquisa feita pelo Datafolha revelou que 32% dos entrevistados apontam ter o costume de salvar suas senhas em computadores pessoais ou em bloco de nota do celular, enquanto 24% dizem compartilhar senhas com pessoas próximas e familiares. Especialistas dão dicas de como proteger os dados contra roubos e evitar prejuízos.
Os aparelhos de smartphone são utilizados para tudo, incluindo para acessar contas bancárias. De acordo com a coordenadora do curso de Direito da UNAMA – Universidade da Amazônia, campus Parque Shopping, Flávia Secco, que também é especialista em proteção de dados e privacidade, os criminosos não se interessam pelo aparelho em si, mas sim em ter acesso aos dados que podem ter outras funcionalidades, como por exemplo, as informações pessoais e transações bancárias. “Normalmente, hoje, a gente utiliza o telefone para tudo, inclusive para guardar as nossas senhas. O bloco de notas do próprio celular é um espaço no qual as pessoas fazem o registro das senhas pessoais. E quando esses aparelhos estão em mãos de pessoas maliciosas, elas acabam conseguindo ter acesso às funcionalidades do celular e, consequentemente, às senhas dos aplicativos, o que não é difícil para eles terem acesso a essas informações”, declarou.
O acesso ao WhatsApp também é alvo de golpes. Ao ter acesso ao celular furtado, é possível entrar em contato com os familiares ou grupos de amigos pelo próprio aparelho da vítima pedindo dinheiro com todas as informações armazenadas. “É muito importante que, em caso de furto de celular ou mesmo a perda do aparelho, você imediatamente faça um boletim de ocorrência. Em Belém, nós temos uma delegacia especializada em crimes tecnológicos e você pode fazer, inclusive, esse boletim de ocorrência pela Delegacia Virtual do Pará. Dependendo da situação, pode ser passível uma ação judicial cível e até criminal, o que deve ser verificado com um advogado especialista na área”, alertou a professora.
Dicas para proteger dados
A professora Flávia recomenda a utilização de senhas fortes. “Coloque senhas fortes para que qualquer pessoa não tenha acesso a essas funcionalidades. Prefira colocar biometria facial ou biometria com o dedo para entrar nesses aplicativos. Para as senhas bancárias ou senhas de qualquer outro dispositivo, você deve unir letras maiúsculas e minúsculas, caracteres e números, não vinculando a data de aniversários e não vinculando a nomes de pessoas da família, porque eles acabam tendo esses acessos a essas informações”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Unama