O primeiro aniversário de fundação da Afroteca Willivane Melo, no Theatro Vitória, em Santarém, no oeste do Pará, foi comemorado em grande estilo. Na manhã desta sexta-feira (11), uma programação toda especial foi preparada para as crianças. A celebração teve com contação de histórias, bolo e parabéns.
A afroteca é uma iniciativa pioneira voltada para a educação antirracista, instalada há um ano em Santarém, resultante de parceria do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do MPPA (Nierac), com o projeto Kiriku/AFROLIQ (Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Amazônica e Quilombola) da Universidade Federal Oeste do Pará.
O espaço funciona no Theatro Vitória, no centro da cidade, para leitura e atividades lúdicas, e recebe diariamente alunos e professores da Educação Básica de Santarém e do Baixo Amazonas, que são acompanhados por monitores que integram o projeto Kiriku, que atua com as relações raciais e literatura infantil antirracista nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis) de Santarém.
Para o promotor de Justiça Edvaldo Sales, coordenador do CEAF, “é uma alegria imensa compartilhar esse momento, poder ver a realização desse trabalho inovador, essa intervenção na sociedade e na vida das famílias e das crianças”. A promotora de Justiça Lilian Braga, coordenadora do Nierac, destacou que a instalação da Afroteca trouxe vida e cores ao espaço. “Isso é muita novidade. É um espaço para o exercício da atividade ministerial, para o exercício da universidade, e um espaço muito maior para a realização dessas crianças”, disse.
O professor Luiz Fernando, que coordena o projeto, enfatizou que a programação foi preparada para as crianças, “porque a Afroteca foi pensada para elas, mas é um espaço de formação educacional para crianças, para adulto, para jovem, um espaço de educação antirracista para todas as idades”. A professora Luane Fróis, que integra o grupo de pesquisa, ressaltou a importância do espaço para a primeira infância: “Essas crianças, por terem oportunidade de vivenciar na primeira infância um espaço como esse, que muitos de nós não tivemos, pra gente é revolucionário, é libertador, é ancestral”.
O aniversário da Afroteca está sendo comemorado também com a realização do seminário Reflexões e Experimentação em Educação Antirracista, no auditório das Promotorias de Justiça de Santarém, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MPPA (CEAF).
As informações são do MPPA