Uma operação foi deflagrada pela Polícia Civil no município de Monte Alegre, no oeste do Pará, para desbaratar um grupo criminoso que vende carros roubados nos municípios da região. A quadrilha falsificava documentos originais da Casa da Moeda para facilitar a venda de caminhonetes de luxo.
Segundo a polícia, a maioria desses veículos era comercializada por um valor bem abaixo do preço mercado. Seis pessoas foram detidas e conduzidas para a delegacia para averiguação. Elas foram indiciadas pela autoridade policial. Uma pessoa foi presa em flagrante, mas após pagar fiança no valor de 20 salários mínimos, foi liberada e vai responder em liberdade.
O delegado Jair Castro, que comandou toda a operação, contou que quatro veículos foram apreendidos na cidade de Monte Alegre e outros dois em Alenquer.
Entre os compradores desses veículos estão pessoas de maior poder aquisitivo como empresários e também políticos. Os nomes dos envolvidos não foram informados pela polícia.
Segundo informou o delegado Jair Castro, caminhonete que custam R$ 300 mil, por exemplo, eram vendidas por valores que variavam entre R$ 35 mil até R$ 50 mil.
A somatória de todos os veículos apreendidos até o momento está na faixa de R$ 1 milhão.
Foi a partir de um trabalho do serviço de inteligência que a Polícia Civil descobriu o esquema criminoso e passou a monitorar alguns suspeitos. A polícia também apreendeu um documento original produzido pela Casa da Moeda e que foi furtado do estado do Espírito Santo, usado pelos bandidos para facilitar na hora das negociações com os ‘clientes’. Um desses documentos foi apreendido em Monte Alegre junto com um veículo roubado.
“Trata-se de crimes contra a fé pública, contra o patrimônio e formação de quadrilha. Além disso, o bando cometeu receptação qualificada”, disse o delegado.
A Operação Ostentação vai continuar pelos próximos dias, uma vez que a polícia suspeita que mais veículos que estão circulando pelos municípios da região sejam frutos de roubos e receptação.
A Polícia Rodoviária Federal de Santarém deu apoio à operação da PC.
O delegado alertou ainda que esse tipo de crime fomenta outras atividades delituosas como o tráfico de drogas, por exemplo.