Francisco Lacerda Calixto, de 44 anos, e Maria Edivania Ribeiro da Silva Lacerda, 37, foram detidos em uma estação rodoviária no município de Canaã dos Carajás, no estado do Pará. O casal é suspeito de envolvimento em um crime que causou grande comoção em Juazeiro do Norte, no Ceará. O crime ocorreu no dia 8 de fevereiro deste ano, quando quatro pessoas foram mortas e cinco baleadas, dentre elas uma criança e um adolescente.
Segundo a Polícia Militar do Ceará, ao chegar ao local, havia cinco pessoas lesionadas no interior de uma residência no bairro Triângulo. O Samu foi acionado e constatou o óbito de quatro pessoas, sendo uma mulher e três homens. Uma outra mulher foi socorrida.
O casal acusado de participar dessa chacina foi preso nesta semana no município de Canaã dos Carajás, distante cerca de 226 quilômetros de Marabá no sudeste paraense.
Contra o casal, foram cumpridos mandados de prisão preventiva, por policiais civis do Ceará e do Pará. Francisco Lacerda e Maria Edivania devem ser recambiados para o Ceará, segundo a SSPDS.
De acordo com a Polícia Civil de Canaã, já haviam boatos de que o casal estava morando em uma cidade do sudeste do Pará, possivelmente em Marabá e redondezas. Em posse desta informação, a Polícia Civil do Ceará alertou as autoridades da região, que passaram a monitorar o caso.
A filha do casal, que era acompanhada pela PC do Ceará, deixou o estado para passar férias com os pais. A PC do Pará foi informada disso e a jovem foi monitorada desde então. Ao chegar em Marabá, foi descoberto que a menina viria para Canaã dos Carajás em uma van.
A partir daí, a inteligência da Polícia Civil de Canaã montou a esperar na rodoviária local. Quando a jovem desembarcou na rodoviária, os pais apareceram para buscá-la e foram presos.
O casal foi encaminhado pela Delegacia de Polícia Civil, onde vai responder pelo crime de homicídio qualificado.
Ainda conforme a Secretaria, com a prisão do casal, subiu para 10 o número de suspeitos capturados pela chacina. O inquérito policial já foi concluído e remetido ao Poder Judiciário. O processo criminal tramita sob sigilo de justiça.
Investigações policiais realizadas pelo Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP) da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte apontam ainda que a motivação do crime estaria relacionada a uma disputa territorial entre coletivos criminosos rivais e o tráfico de drogas, segundo nota da Secretaria.