Paraense preso por terrorismo em Brasília não agiu sozinho, diz polícia

O paraense George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, preso por colocar um artefato explosivo em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no último sábado (24). À polícia, George afirmou que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro. O empresário confessou o ato, que teve “motivação ideológica”. Ele foi autuado por terrorismo.

George foi preso com farto armamento e munição de grosso calibre, Ele foi transferido para o presídio da Papuda

A polícia afirma já ter certeza do envolvimento de outras pessoas no crime. Segundo a corporação, um outro suspeito já foi identificado. No entanto, até a tarde deste domingo (25), a PCDF não tinha divulgado outras prisões.

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que planejava cometer atentados em Brasília, disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que estava “preparado para matar ou para morrer”.

“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, afirmou.

Em depoimento aos policiais, o homem disse que veio a Brasília em um carro próprio e trouxe as armas no veículo.

No apartamento onde o homem foi preso, no Sudoeste, no Distrito Federal, os policiais encontraram um arsenal com fuzil, espingardas, revólveres, munição e outros artefatos explosivos. No domingo (25), ele foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. A Polícia Civil afirma saber que o homem teve ajuda e atua para identificar e prender os outros envolvidos.

George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso à noite, em um apartamento alugado no Sudoeste. Segundo a Polícia Civil, ele é empresário e veio do Pará a Brasília, com objetivo de participar de atos realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no quartel-general do Exército.

Neste domingo (25), a Justiça do Distrito Federal determinou, em audiência de custódia, que ele permaneça preso por tempo indeterminado.

No apartamento onde George Washington de Oliveira Sousa estava, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal, com armas de alto calibre.

Na decisão que determinou a prisão preventiva do homem, a juíza Acácia Regina Soares de Sá afirma que, entre os itens localizados no local, estavam:

1 fuzil AR10;

2 espingardas calibre 12;

30 cartelas de munição 357 magnum;

39 cartelas de munição 9 mm, contendo 10 munições intactas não deflagradas;

2 caixas contendo 50 munições de 9 mm.

Também foram encontrados revólveres, outros cinco artefatos explosivos e uniformes camuflados.

O homem foi autuado pelos crimes de terrorismo e posse e porte ilegal de arma de fogo e de uso restrito.

Segundo a Lei 13.260/2016, é enquadrado como terrorismo “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de reclusão.

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