O senador paraense Zequinha Marinho (PL), votou contra a intervenção federal na segurança do Distrito Federal, que passou por votação simbólica e foi aprovada nesta terça-feira (10) no Senado. Ele e mais setes senadores se posicionaram contrários à medida, adotada após os ataques terroristas cometidos por golpistas bolsonaristas que destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília. O político ainda não se manifestou sobre a decisão.
Zequinha Marinho foi candidato ao governo do Pará nas últimas eleições com o apoio dos bolsonaristas. Ele foi derrotado pelo governador reeleito Helder Barbalho (MDB). Marinho obteve 1.201.079 votos, enquanto que o atual governador teve mais que o dobro: 3.117.276 votos.
Também votaram contra a intervenção, o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente derrotado Jair Bolsonaro, principal incentivador dos atos golpistas, Carlos Portinho (PL), Carlos Viana (PL), Luís Carlos Heinze (PP), Eduardo Girão (Podemos), Styvenson Valentim (Podemos) e o amazonense Plínio Valério (PSDB).
A intervenção federal na segurança pública do DF foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no domingo (8), durante os ataques terroristas de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, e já está em vigor, mas precisava ser ratificada pelo Congresso Nacional. Com a intervenção, o governo federal passa a ser responsável pela segurança pública do DF.
Na noite desta segunda-feira (9), a Câmara dos Deputados também aprovou o texto, em votação simbólica. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, foi nomeado interventor. Na prática, ele agora exerce a função que é do secretário de segurança pública.