Trupe da Meia Noite e do Meio Dia estreia peça infantil gratuita sobre diversidade em Terra Santa (PA) no próximo dia 06 e 07 de junho

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, origem ou ainda religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. A frase, dita por Nelson Mandela, resume o objetivo da peça infantil “Diversidade”, apresentada pela Trupe da Meia Noite e do Meio Dia, do Teatro Sustentável.

O espetáculo teatral inédito teve a sua estreia no dia 30 de março, nas regiões de Pernambuco, iniciando uma turnê que passará por 36 cidades de oito estados brasileiros: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Tocantins. Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, as 110 apresentações serão realizadas em escolas municipais e contam com o apoio do Ministério da Cultura e da Bayer. Em Pará, a turnê acontece nos dias 06 e 07 de junho na cidade de Terra Santa.

As apresentações, que têm 60 minutos de duração, foram idealizadas pela própria Trupe, projeto que combina raízes mambembes com o teatro moderno. A ideia do espetáculo é impactar com a beleza despretensiosa da cultura artesanal, do poder do afeto e da proximidade física.

“Somos um projeto de resgate cultural: de malas inventivas com rodinhas, de onde saem objetos, figurinos, retalhos, bonecos, brincadeiras de roda, cantigas, oceanos e mais um universo atemporal inteiro”, explica Danilo Miniquelli, produtor da peça.

O texto é da dramaturga Ave Terrena, que traz a mensagem sobre a importância de aprender a conviver com as diferenças. “Provocar esse debate de forma lúdica por meio do teatro faz com que o aprendizado e a arte aconteçam em sua máxima potência”, conta.

Os figurinos e o cenário criados por Thales Cristóvão têm um papel poético, refletindo a influência mambembe e vintage da própria Trupe da Meia Noite e do Meio Dia. A teatralidade e o artesanal se fundem, transpirando histórias e poesias que podem ser lidas por detrás da roupa cênica. As roupas aceitam imperfeições, sujeiras e acabamentos feitos a mão. Tudo para parecer que foram feitas pelos próprios atores, dentro da carroça que faz parte do cenário.

“Os adereços saem de dentro de malas antigas, as mesmas utilizadas para transporte, e se transformam em parte do cenário, que é compacto. Assim criamos uma estrutura que chega a qualquer lugar do Brasil”, explica Thales.

E o que seria de um espetáculo sem música? Composto por Dani Marcon, sons e canções atemporais se juntam à atmosfera mágica criada pelos atores, que com a junção de ritmos, batidas e interferências eletrônicas, trazem a mistura do tradicional com o contemporâneo. “Com foco na brasilidade, mas também com referências mundiais, a música se torna uma bagagem palpável e invisível destes aventureiros”, comenta Dani.

“Alcançar tantas pessoas de lugares que geralmente não são visitados pelas companhias teatrais é o que move nossa aventura. Descobrir novas línguas é o que move nossa linguagem. Que o Brasil esteja aberto a nos receber, pois não deixaremos de levar nossa bagagem para cada pedacinho do país”, finaliza Christiane Deucher, diretora do projeto Trupe da Meia Noite e do Meio Dia.

Fonte: Conecte Comunicação

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