Barco-hospital Abaré leva atendimento médico e odontológico a Aveiro e Belterra

Após quatro anos, a Ufopa retoma a parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic, idealizadora do projeto social Barco da Saúde. A bordo do barco-hospital Abaré, a expedição inicia a trajetória nesta terça-feira, 11, e segue até 21 de julho. Ao todo serão atendidas 30 comunidades nos municípios de Aveiro e Belterra, na região Oeste do Pará. A embarcação partirá de Santarém com o objetivo de levar atendimento médico e odontológico a populações que têm dificuldade de acesso à saúde.

A ação contará com uma equipe de 43 pessoas entre alunos, médicos, dentistas e acadêmicos das duas áreas, além dos profissionais de suporte. Serão realizados atendimentos nas áreas de ginecologia e obstetrícia, clínica geral, oftalmologia, pediatria, dermatologia e odontologia. A expectativa é de que sejam feitos entre 1.000 e 1.500 atendimentos a crianças, adolescentes, adultos e idosos que vivem às margens dos rios da região, durante os 10 dias da expedição.

As expedições do Abaré ocorrem periodicamente levando atenção básica, exames laboratoriais e medicamentos a população ribeirinha do Tapajós e Arapiuns. Para a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, “cada parceiro é importante nesse processo. A prefeitura de Santarém, o Ministério da Saúde, as faculdades de medicina do país que trazem seus estudantes e professores, como a São Leopoldo Mandic, sempre agregam com novos atendimentos”.

A reitora lembrou a importância do envolvimento dos residentes médicos do Instituto de Saúde Coletiva (Isco) da Ufopa e dos discentes do instituto, que levam atendimento e trazem conhecimento e muito aprendizado sobre a realidade médica nos territórios tradicionais da Amazônia: “A Ufopa está preparada para implantar o curso de Medicina, e juntamente com o MEC e o Ministério da Saúde garante mais formação à população que aqui reside, pois essas expedições são pontuais e as demandas, urgentes”.

A Dra. Elizabeth Regina de Melo Cabral, professora e coordenadora de projetos sociais da São Leopoldo Mandic, destaca que “a Faculdade São Leopoldo Mandic tem esse olhar e atuação voltada para a questão da responsabilidade social. Não pudemos realizar a expedição nos últimos anos por conta da pandemia da Covid-19, e já nos relataram que a população está esperando o nosso projeto. Isso acontece porque nossos atendimentos são diferenciados, voltados ao acolhimento e a um cuidado humanizado, que faz a diferença para esses municípios mais carentes. O Barco da Saúde consegue transformar a vida das pessoas que se beneficiam da ação”.

Esse poder transformador, aliás, não se aplica apenas às pessoas que são atendidas pelo projeto. Para os estudantes que participam da expedição, trata-se de uma vivência capaz de fazer a diferença em suas carreiras.

“Tivemos uma constatação, inclusive por meio de dados que trouxemos, que participar desses projetos de responsabilidade social é transformador na vida do estudante de Medicina, tanto do ponto de vista pessoal como do profissional. Essa experiência modifica o aluno e faz com que eles voltem com um potencial e um olhar muito mais amplo do que é o cuidado na saúde”, afirma a Dra. Fabiana Succi, diretora do curso de Medicina da São Leopoldo Mandic.

O Projeto Barco da Saúde nasceu em 2017, em Campinas, e neste ano vai para sua quarta edição. O projeto é desenvolvido pela Faculdade São Leopoldo Mandic em conjunto com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e por equipes das secretarias de Saúde locais. A expedição é realizada com auxílio da mantenedora, além de doações e recursos obtidos pelos próprios alunos e o apoio da ONG Renovatio.

Comunicação/Ufopa

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