Pará: 8,4 mil pessoas começaram a trabalhar no setor de comércio, em 10 anos

O Pará registrou um aumento de 8,4 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021, o setor ocupou um total de 129.333 pessoas, no PA. Em 2012, eram 120.893 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve acréscimo de 18,37% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no PA. O total de unidades locais passou de 9,8 mil em 2012, para 11,6 mil em 2021.

Também houve um aumento de 813l unidades no comércio varejista e de 262 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas, já o comércio atacadista apresentou aumento de 677 unidades.

De acordo com o estudo,em 2021, o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades teve um aumento para  1,8 salários mínimos. Em comparação a 2012, houve um aumento também no salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas, sendo 2,7 e 2,2, respectivamente. O salário médio no comércio varejista aumentou para (1,6 salário mínimo). 

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Com esses resultados, a receita bruta do PA em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 91,3 bilhões. Do total, R$ 35,1 bilhões (38,4%) foram gerados no comércio varejista; R$ 48,3 bilhões (52,9%) no comércio por atacado; e R$ 7,8 bilhões (8,6%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhoria que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC)
O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

Fonte: Brasil 61

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