Amair Feijoli, condenado por envolvimento na morte de Dorothy Stang, é preso no Acre

Foi preso nesta terça-feira (29), durante uma operação da Polícia Federal, Amair Feijoli, o homem condenado por envolvimento na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, crime ocorrido em 2005, em Anapu, no Pará. Ele foi detido em uma operação realizada pela PF nos estados do Acre e Amazonas. As operações têm como alvo crimes ambientais e visam combater atividades ilegais relacionadas ao desmatamento e ocupação de terras públicas.

Feijoli foi preso por ocupar terras públicas na Floresta Estadual do Antimary, uma área de conservação sob a responsabilidade do Estado

Feijoli foi preso por ocupar terras públicas na Floresta Estadual do Antimary, uma área de conservação sob a responsabilidade do Estado, e por possuir duas propriedades em Lábrea, no Amazonas.

No ano passado, uma decisão da Justiça Federal determinou que ele saísse das terras em um prazo de 60 dias. Essa medida foi resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC). A investigação teve início devido ao fato de Feijoli ter adquirido a área da União em 2005 e ter iniciado atividades de desmatamento no local desde então.

Nas operações conduzidas pela PF, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de proibição de acesso e frequência à área da Floresta Estadual do Antimary.

As atividades criminosas de Feijoli envolviam não apenas o desmatamento, mas também a venda ilegal de madeira e criação de gado em áreas desmatadas. A área total desmatada ultrapassou 800 hectares em 2022, equivalente a cerca de 800 campos de futebol de floresta nativa amazônica.

As operações também envolveram outros indivíduos e foram focadas em combater crimes de desmatamento, invasão de terra pública, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além de Feijoli, seu filho também foi preso por tentativa de homicídio.

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