Dia da Árvore: manejo de copaíba gera emprego e renda e mantém a floresta em pé no Oeste do Pará

A Amazônia é famosa pela exuberância de suas florestas, pela diversidade de espécies da fauna e da flora e pela manutenção do equilíbrio da vida no planeta. Nessa imensidão verde, o envolvimento das comunidades quilombolas desempenha um papel fundamental na gestão sustentável dos recursos naturais, contribuindo para a criação de oportunidades de emprego, geração de renda e a preservação das florestas.

Com 13 anos de atividades, a iniciativa apoiada pela MRN beneficia mais de 40 famílias de comunidade quilombola em Oriximiná

O Dia da Árvore, celebrado nesta quinta-feira (21), destaca a importância deste recurso natural para a manutenção da vida no planeta. Exemplo de respeito pelo meio ambiente é o Projeto Manejo de Copaíba, realizado por comunitários em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN), no Território Quilombola Alto Trombetas II, localizado em Oriximiná, na região Oeste do Pará. A copaíba (Copaifera spp.) é reconhecida como uma das árvores mais exuberantes da Amazônia, podendo atingir até 30 metros de altura e um metro de diâmetro na idade adulta. O óleo do vegetal é considerado um bálsamo devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas.

Com o manejo da copaíba, a comunidade conseguiu produzir o óleo para além da floresta, e a MRN apoia a modernização do processo de extração do produto. O objetivo é gerar um fluxo de renda permanente e promover a melhoria das condições econômicas e de vida dos comunitários.

Ao longo do ano, a empresa realiza campanhas para promover boas práticas e a educação ambiental, utilizando técnicas e procedimentos que visam melhorar a produção e a regeneração natural das copaibeiras, assegurando o uso racional e sustentável da espécie. Além disso, são oferecidas capacitações para desenvolver técnicas e ações voltadas para a venda, empreendedorismo e cooperativismo, permitindo que os comunitários adquiram expertise e conquistem o mercado.

O projeto existe há 13 anos e já alcançou autonomia. As comunidades vendem o óleo de forma organizada, possuindo marca e reconhecimento. Os comunitários também estabeleceram parcerias com outras instituições para o fornecimento do produto. Para os próximos meses, a intenção da MRN é qualificar ainda mais esses conhecimentos, possibilitando que a comunidade expanda os negócios.

“Nossas equipes técnicas acompanham e orientam o desenvolvimento e o plantio de todo o processo de manejo da copaíba. Além disso, realizamos o acompanhamento do viveiro das mudas desses comunitários e de um plantio experimental na comunidade. Com isso, incentivamos o reflorestamento nas áreas próximas às comunidades, promovendo uma troca de conhecimentos que criará uma atividade duradoura, indo além da mineração”, explica Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, do qual o Projeto Manejo de Copaíba faz parte.

Protagonismo da comunidade no uso sustentável da floresta

As equipes técnicas do Projeto Manejo de Copaíba contam com a participação 26 integrantes sendo 05 técnicos entre engenheiros, técnicos florestais e de segurança e, a cada campanha 21 famílias do Alto Trombetas II, em Oriximiná. Lá, são realizadas capacitações e orientações para a utilização sustentável da copaíba. O treinamento é aberto para toda a comunidade.

Os resultados da iniciativa são satisfatórios. Adriano de Jesus dos Santos, da comunidade Jamari e membro do projeto há 10 anos, compartilha os benefícios do manejo sustentável. “Estamos realizando a extração de óleo de copaíba sem derrubar as árvores, utilizando uma ferramenta chamada trado para fazer o furo e extrair o produto. Também aprendemos a ser mais cuidadosos com a natureza, evitando derrubadas e queimadas. Estamos aprimorando nossas técnicas para preservar a floresta, como o plantio adequado e a compreensão dos ambientes ideais para cada espécie prosperar. Isso é fundamental para manter a floresta em pé e nos ajuda a progredir”, afirmou.

“É crucial destacar que, ao incentivar a comunidade no uso racional da floresta, na geração de renda e no desenvolvimento de técnicas, competências e modernização do processo de extração de óleo, estamos fortalecendo a conscientização ambiental. Isso demonstra que, com um manejo adequado, podemos gerar emprego, renda e preservar a floresta, um bioma vital para todos nós”, conclui Genilda Cunha.

MRN

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