Saiba quem é a mulher de líder do Comando Vermelho recebida no Ministério da Justiça

Luciane Barbosa Farias, conhecida pela alcunha de a ‘Dama do Tráfico’, é apontada pela polícia amazonense como o braço financeiro do Comando Vermelho em Manaus (AM). Ela também seria a responsável por lavar o dinheiro da facção. Luciane foi condenada a 10 anos pelos mesmos crimes do marido, Clemilson dos Santos Farias, vulgo ‘Tio Patinhas’.

Ele é um dos líderes do Comando Vermelho e, por anos, foi considerado o “número um” na lista de procurados do Amazonas. Condenado a 31 anos de reclusão por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

‘Tio Patinhas’ foi preso em 2022, mas já está solto. A decisão é de uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas.

Nesta segunda-feira (13), o nome de Luciane estampou a capa dos principais portais de notícias do país, após revelação feita pelo Estadão de que ela teve audiência, em duas ocasiões, com assessores do ministro da Justiça, Flávio Dino.

O próprio Ministério da Justiça, após a divulgação da informação, confirma que a Dama do Tráfico’, da capital Baré, foi recebida pelo secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz.

As visitas aconteceram em março e maio deste ano.

A ex-deputada do PSOL, Janira Rocha, segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, foi quem intermediou a visita de uma delegação de mulheres amazonenses ao Ministério da Justiça. Luciane estava na equipe.

O Ministério da Justiça divulgou uma nota sobre o episódio:
“No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da Anacrim (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas. A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.

Por não se tratar de assunto da pasta, a Anacrim, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A agenda na Senappen e da Anacrim aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da Anacrim. Não houve qualquer outro andamento do tema.

Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidade de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.

Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais.”

A falta de informações sobre a “Dama de Tráfico” contraria protocolos de segurança em agendas públicas do órgão.

Nas redes sociais, o ministro Flávio Dino também se posicionou sobre o assunto:
“Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que NÃO SE REALIZOU em meu gabinete”.

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