Alter do Chão, em Santarém, vai ganhar um Complexo Cultural em homenagem ao Çairé. A primeira audiência pública para a realização do empreendimento foi feita, nesta sexta-feira (21), e reuniu membros da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), da Secretaria Municipal de Cultura de Santarém e representantes de associações locais, além da presidência do festival.
O objetivo do encontro foi apresentar o estudo preliminar do projeto a ser desenvolvido juntamente com a comunidade local a partir de escutas. Após a exposição das necessidades apresentadas pelas entidades, a equipe técnica deverá fazer os ajustes no projeto inicial e seguir para as próximas etapas.
O Complexo Cultural de Alter do Chão vai ocupar uma área de aproximadamente 28 mil metros, equivalente a três campos e meio de futebol, que abrigará o Lago dos Botos e o Museu dos Povos Tapajônicos. O local já é usado para sediar o Çairé, festa tradicional realizada durante cinco dias, em setembro, na vila balneária.
Equipe da Secult conhece espaço de novo Complexo
A equipe técnica da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), composta pela diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC), Karina Moriya; o diretor de Patrimônio, Helder Moreira; o diretor do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), Armando Sobral; e o arquiteto da Secult, Rodolfo Castro. Também participaram o secretário Municipal de Cultura de Santarém, Luís Alberto Figueira (Pixica), e o presidente do Çairé, Cleuton Von.
Cleuton Von pontuou que esse é um projeto esperado há mais de 25 anos. “Agradecemos ao Governo do Estado por dialogar com a gente sobre esse complexo cultural, para que realmente possamos ter um festival com mais qualidade, com uma estrutura definida. Todos estão ansiosos para que esse sonho se torne realidade”, comentou.
O estudo preliminar do Largo dos Botos inclui arquibancada, arena, palco, camarotes, banheiros, vestiários, bilheteria, praça de alimentação, bar/café, sala de imprensa, sala multiuso, administração, tesouraria, secretaria, instalações médicas, serviços gerais, depósito e estacionamentos.
O Museu dos Povos Tapajônicos terá espaços como área para exposições permanentes e temporárias, reserva técnica, salas técnicas, biblioteca, sala do DPHAC, auditório para 200 pessoas, além de sala multiuso, área administrativa, banheiros e vestiários.
Após a escuta, outras demandas deverão ser acrescentadas no planejamento, conforme explica o arquiteto da Secult, Rodolfo Castro. “Estamos muito abertos a ouvir quem de fato vive e vai utilizar deste complexo. Foi muito importante e gratificante ter essa troca com os reais usuários do projeto. O foco é dar mais infraestrutura para o Çairé e proporcionar um espaço de cultura, turismo e lazer, respeitando a vivência e os fazeres do povo de Alter, fortalecendo cada vez mais a cultura local e a economia por meio do turismo, não só por esse evento específico mas pelos demais que serão fomentados no decorrer do ano”, concluiu.
As informações são da Agência Pará