Passageiros denunciam excesso de carga do navio Anna Karoline VII

“Isso é crime! Isso é crime!”. Foi com essa afirmação que uma passageira encerrou um vídeo compartilhado nas redes sociais denunciando o excesso de cargas e passageiros do navio Anna Karoline VII, durante uma viagem que saiu de Belém com destino a Santarém, no oeste do Pará. O vídeo ganhou as redes sociais neste domingo (15) e as imagens mostram um cenário desolador dentro da embarcação.

No vídeo, a passageira mostra o navio parado, no meio do rio, sem estabilidade e com excesso de cargas em todos os compartimentos, inclusive na área superior. As imagens mostram ainda embalagens plásticas que, possivelmente, parecem estar cheias de combustíveis.

A mulher narra as condições precárias da embarcação. Ela mostra a situação dos banheiros, sujos, sem trancas e com diversas avarias na parte superior. Há lixo espalhado e muita poça de água, que oferecem riscos aos passageiros.

A insegurança da embarcação é acentuada na gravação feita pela passageira. Grades colocadas em locais que deveriam ser livres para a saída de passageiros em caso de um acidente. A mulher mostra ferrugens e avarias na estrutura de ferro do navio.

A denunciante questiona como a autoridade marítima permitiu que a embarcação seguisse viagem nas condições em que se encontra, oferecendo perigo aos passageiros. Ela afirma que não houve fiscalização na partida do navio que, segundo ela, teria saído de um porto clandestino.

Alguns passageiros foram socorridos pela embarcação Ana Beatriz, enquanto outros ficaram em um porto cujo nome não foi informado.

A mulher faz um alerta sobre a situação humilhante a qual os passageiros foram submetidos e cobram providências da Capitania Fluvial para que apure as denúncias a partir deste vídeo compartilhado nas redes sociais.

O navio Anna Karoline VII pertence à mesma empresa que em fevereiro de 2020 teve uma de suas embarcações envolvidas em uma das maiores tragédias da navegação na Amazônia, quando o navio Anna Karoline III naufragou no Amapá matando 42 pessoas. O excesso de cargas foi uma das causas da tragédia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *