Equipamentos que analisam a radiação solar na Amazônia passam por manutenção

Com uma localização que pode variar de 50 quilômetros até mil quilômetros acima da superfície terrestre, a ionosfera é uma das camadas da atmosfera que sofre a ionização da radiação solar. Qual o impacto disso no clima do planeta? Essa e outras respostas podem ser encontradas nos dados coletados por equipamentos instalados no Observatório Atmosférico da Amazônia do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) da Ufopa.

Para otimizar a coleta de dados, esses equipamentos passaram por manutenção no período de 23 a 30 de outubro. O técnico Wagner Sarjob Coura Borges, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), esteve em Santarém para realizar a manutenção de equipamentos científicos instalados na Fazenda Experimental da Ufopa. Wagner Borges é técnico eletroeletrônico e engenheiro industrial químico. Ele fez a manutenção do interferômetro e dos imageadores e fez a mudança de local do magnetômetro.

O professor Dr. Lucas Vaz Peres, lotado no IEG e docente do Curso de Ciências Atmosféricas da Ufopa, acompanhou toda a visita e salientou a importância desses equipamentos: “Através das longas séries de dados que começarão a ser gerados, vários pesquisadores brasileiros e da América do Sul poderão verificar o quanto o clima e as diferentes camadas atmosféricas estão sendo impactados pelas variabilidades naturais do sistema ou por mudanças climáticas associadas aos seres humanos”.

O magnetômetro Embrace-19 é o equipamento utilizado para medir o campo magnético da terra. Já o interferômetro de Fabry-Perot faz medições da ionosfera, em torno de 250 km de altura. Essa camada atmosférica é importante para as telecomunicações e para o Sistema de Posicionamento Global (GPS). O imageador All-Sky mede a dinâmica da altura da atmosfera situada entre 80 e 125 km. O espectrofotômetro Brewer faz medidas da camada de ozônio e da radiação ultravioleta.

Quanto à cooperação da Ufopa com o Inpe, Wagner Borges, que atua no Laboratório Sonda, ressaltou: “A gente tem equipamentos em várias partes do Brasil, e especificamente estes que estão em Santarém, no meio da Amazônia, são estratégicos para o Inpe, principalmente porque estão próximos à linha do Equador, que é uma área de bastante interesse para a pesquisa da ionosfera. Vale ressaltar a importância de se manter em operação a rede de equipamentos científicos instalados em várias regiões do Brasil e da América do Sul. Eles são responsáveis pela coleta de dados em série de fundamental importância para pesquisas sobre a atmosfera terrestre”, esclareceu o Prof. Dr. Lucas Vaz Peres.

Fonte: Ascom I Ufopa

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