Semas alerta para urgência da proteção da vegetação secundária na Amazônia

A Secretaria Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em conjunto com a Aliança pela Restauração da Amazônia, apresentou a política de restauração da floresta amazônica na 5ª edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC), nesta quinta-feira (21). O objetivo foi promover entre os participantes da reunião um debate sobre a urgência e a importância da proteção da vegetação secundária. Eles também conheceram as estratégias adotadas pelo Estado para fortalecer sua política de preservação da floresta.

Representando a Aliança pela Restauração na Amazônia, Amanda Paiva explicou que o propósito das apresentações foi contribuir para o entendimento do papel da vegetação secundária (historicamente degradada) dentro dessa estratégia de proteção maior dos ecossistemas nativos da Amazônia.

As ações adotadas para mitigação das mudanças climáticas, como o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, são formas de garantir que as populações contribuam ainda mais para a manutenção da floresta em pé.

“A gente também agradece à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade que, além de ser membro institucional da Aliança, vai compor a nossa coordenação estratégica no próximo biênio. A Semas deu uma abertura fantástica de participação dos membros da Aliança na construção do PRVN. A gente pôde colaborar com dados, com revisão de documentos, com sugestão de metodologias, sugestões de melhorias para que, de fato, a gente tivesse uma política baseada nas demandas dos territórios”, disse Amanda Paiva.

Pioneirismo – Apresentado pelo Governo do Pará no início de dezembro, durante a COP 28 (conferência mundial do clima), em Dubai, e hoje em plenária do FPMAC, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN) é pioneiro no Brasil e uma das principais ferramentas para atingir as metas climáticas do Estado. Instrumento de implementação do Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa, o projeto apresenta propostas para o alcance, até 2030, da meta de restauração de 5,6 milhões de hectares, o equivalente a dez vezes a área do Distrito Federal.

Julianne Moutinho, coordenadora da Diretoria de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas, expôs que a principal característica desse programa é a construção participativa, ao ouvir diversos setores da sociedade, bem como dos segmentos que atuam diretamente na restauração e preservação da floresta em pé.

“O processo participativo na elaboração do projeto nos permite que as demandas trazidas pelas organizações sejam incorporadas ao plano de restauração. Se não houvesse a participação de todos os atores, talvez não pudéssemos enxergar as necessidades das comunidades. Queremos integralizar a política de restauração com os mecanismos financeiros, com a política de regularização ambiental e com ações inovadoras, que ainda não foram colocadas em prática”, frisou a coordenadora.

O projeto também apresenta mais de 225 atividades a serem desenvolvidas nos próximos 10 anos, que têm entre seus objetivos o estímulo à criação de empregos verdes, o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento e inovação, além da garantia da segurança alimentar para a população. (Ag. Pará)

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