Governo do Pará disponibiliza orientações preventivas e tratamentos para obesidade

Em referência ao Dia Mundial da Obesidade, 4 de março, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) chama a atenção para o tema e as principais causas. Incentiva prevenção, esclarecendo sobre as medidas estaduais para combater o avanço dessa condição crônica.

A obesidade, caracterizada pelo excesso de gordura corporal, tornou-se uma preocupação de saúde pública. Diversos fatores, como genéticos, comportamentais e ambientais, são apontados como causadores, mas especialistas também destacam a influência de rotinas que dificultam a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividades físicas.

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde em 2023, no Pará, 37% dos adultos apresentam sobrepeso, com uma prevalência maior entre os homens (38,57%) em comparação com as mulheres (36,67%). A condição de Obesidade Grau I afeta 18% da população, com as mulheres representando 19% e os homens 16%.

O excesso de peso também impacta os mais jovens no Estado, registrando mais de 5% em crianças de 0 a 5 anos e 7% em crianças de 5 a 10 anos. Nos adolescentes, aproximadamente 18% apresentam sobrepeso, enquanto 7,34% enfrentam obesidade.

Para abordar essa questão, a Sespa, por meio das equipes das coordenações estaduais de Nutrição, falam sobre uma alimentação mais saudável para combater a obesidade.

“Nos diferentes ciclos da vida, enfrentamos desafios significativos na prevenção e tratamento, tanto no âmbito alimentar quanto na prática de atividade física. O consumo excessivo de alimentos processados impacta negativamente, sendo fundamental priorizar os in natura e minimamente processados como base da alimentação brasileira.” Destacou a nutricionista Taise Cunha de Lucena.

Compromisso – Para amenizar impactos da obesidade, a Sespa tem o Programa ‘Obesidade Zero’, desde 2020, que busca agilizar o acesso gratuito à cirurgia bariátrica para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa atende pacientes obesos, com ou sem outros problemas de saúde, por meio de avaliação médica para determinar a indicação do procedimento. As cirurgias são realizadas no Hospital Jean Bittar (HJB), em Belém, que, em janeiro deste ano, alcançou a marca de 1.672 cirurgias realizadas pelo Programa desde 2020.

Carlos Armando Ribeiro, coordenador do Programa Obesidade Zero e coordenador de cirurgias bariátricas do HJB, explica mais sobre a doença. “A obesidade é uma doença crônica, que afeta a população em vários fatores e limita a qualidade de vida das pessoas, e diminui a expectativa de vida do paciente. O melhor tratamento é tentar ter hábitos saudáveis, tentar fazer as melhores escolhas alimentares, praticar exercício físico, evitar alimentos ultraprocessados, industrializados, e, a depender do estágio da doença, a gente pode ter o tratamento clínico e o tratamento cirúrgico, sempre levando junto à mudança do estilo de vida e mudanças comportamentais. É importante ressaltar que a gente precisa ter menos estigmas sobre a doença, mais acolhimento e informar mais a população”, afirma o médico.

Programa Obesidade Zero

O passo inicial para participar do programa ‘Obesidade Zero’, é se cadastrar no site oficial do programa, onde você realizará uma autoavaliação, responderá perguntas e esclarecerá dúvidas. Posteriormente, aguarde o contato do Hospital Jean Bittar para marcar sua primeira avaliação clínica com a equipe de Endocrinologia.

Durante esse atendimento inicial, será realizada uma triagem para medir peso, altura e calcular o IMC. Com base nos resultados e nas condições de saúde relacionadas à obesidade, a equipe de especialistas determinará a necessidade de cirurgia bariátrica. Pacientes não elegíveis para o procedimento serão encaminhados para tratamento clínico da obesidade no ambulatório do hospital.

Para mais informações, acesse o site do programa, aqui.

Fonte: Agência Pará

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